A idade deveria nos proteger de
certas situações que são consideradas ridículas.
Amore platônico, por exemplo, é
uma situação bem ridícula que a maturidade deveria coibir. Mas e quando você se
pega assim. Platonicamente apaixonada? Bom,
enquanto para alguns pode soar como ridículo a mim soa como recordação! Fez-me
recordar como é sentir aquele frio na barriga. Como é sentir medo de falar
alguma besteira, de parecer idiota. Fez-me recordar como é bom sim estar
apaixonada! Coisa que preciso confessar: não acontecia de verdade há muitos e longos
anos!
Ter o coração congelado é muito
ruim! Não da vontade de fazer nada. Falta ânimo. Disposição. Entusiasmo. Camões
já bem disse que ‘o amor é FOGO que arde sem se ver’. Quer coisa mais animada e
pra cima que o fogo? Você já parou para observar a chama de uma vela? Ela não
fica parada! Movimenta-se o tempo todo. Tem uma cor linda, produz um calor
gostoso! É assim que eu imagino um coração que esteja aquecido. Um coração que
esteja amando/apaixonado. Claro que no caso da paixão não é bem uma chama e sim
enormes e perigosas labaredas rsrs.
Deixando de lado toda a discussão
sobre valer a pena gostar de alguém, não gostar, a pessoa merece ou não merece
e blá blá blá no fim o que vale mesmo é saber que estamos vivos. Aptos a se
apaixonar, a dar e receber todo o amor que merecemos. Muitas vezes me peguei reclamando que estava
difícil arrumar alguém bacana. Que era mais fácil ganhar na loteria que arrumar
um namoro sério quando na verdade era eu que não estava preparada para me
apaixonar. Estava com o coração frio, congelado, sem cor...
Agora que sei que estou
finalmente disponível é hora de procurar uma paixão de verdade. Porque o amor continuou e vai continuar platônico (que droga). “Foi
bonito? Foi. Foi intenso? Foi”, mas essa é a parte chata do amor platônico.
Falta o calorzinho.. Parecido com aquele da vela sabe? Pois é! Mãos as obras
(ou seria coração as obras?)