quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Quem aceita demais perde o respeito....

Antes veja esse vídeo
https://www.facebook.com/felipe.bandeira.16/videos/1658950827721353/?fref=nf


Acabo de ver um vídeo com uma mulher super gata... Linda mesmo, tipo Barbie. Nesse vídeo ela fala que esse negócio de que todos os homens são iguais e não prestam e maior bobeira. E que a mulher que fala isso é porque não soube “fazer a diferença” na vida desse um.  Ok! Até ae eu concordo sim! Mulher tem q fazer a diferença sim. Tem que ser parceira. Tem que estar do lado nos momentos bons e ruins. Tem que dar carinho. Tem que saber ouvir. Tem que não ser “tão chata, pegajosa e ciumenta”... ok... Temos que que ser isso tudo. E pra nós isso não é nem difícil (tirando a parte da pegajosa). Porque a mulher quando gosta, quando ela ama ela faz coisas meu amigo que até Deus duvida. Poderia citar inúmeros exemplos aqui (inclusive dessa aqui que vos fala), mas deixo pra outro momento, não é esse o foco.  
O problema é quando a mulher do video começa a dizer que é “natural” do homem correr atrás de outras mesmo estando comprometido. Que é do instinto dele, da natureza. Que ele pode sim, muito bem ficar com outra na rua e amar a mulher que tem dentro de casa. Oiiiiiiiiii??????
Desculpa-me lindona, mas opinião cada uma tem a sua mas essa teoria sua ae, ao meu ver é uma grandessíssima besteira! Quer dizer então que eu tenho que aceitar que meu marido/namorado tenha outra na rua e achar normal? Ou como você mesmo disse: PASSAR POR CIMA?
Como assim? Se for pra ser assim porque não permanece solteiro?
Esta na moda o tal do relacionamento aberto não é? Experimente um.

Em se falando das mulheres ok. Tem muita que aceita isso mesmo. E não estou aqui pra julgar nenhuma mulher e nem os homens também. A vida é sua e cada um curte da forma como achar melhor... Quem sou eu pra julgar.  Mas experimenta, é só EXPERIMENTA dar essa ideia pra o homem. Fala que você também tem necessidade de fazer loucura com outros homens para ver qual a reação deles. Experimenta dizer: amor, eu te amo, mas fui ao motel com o meu chefe porque ele insistiu muito.
E eu te digo minha cara, as mesmas tentações que os homens sofrem todos os dias as mulheres também sofrem. Seja no trânsito, na academia, no trabalho e ate na fila do supermercado.  E elas (algumas delas eu sei) OPTAM por não trair, por não viver essas loucuras. Por não seguir seus instintos.  Imagina se vivêssemos em um mundo onde todos só seguem seus instintos? Quero nem imaginar o caos.
O que difere o ser humano dos outros ANIMAIS e justamente isso: SER RACIONAL!
Em se tratando de relacionamento não se exige muito. Ela no vídeo cita que os homens são bons porque são carinhosos, nos mimam, dão presente, chocolate, fazem massagem no pé, LEVAM PRA PASSEAR E VIAJAR (ok, agora eu sou um cachorro????). E que nós mulheres, nascemos para amar um homem.
Desculpa-me mais uma vez. Eu nasci pra ser feliz e minha felicidade não está baseada em nada disso que você citou. Minha felicidade está em ser amada sim. Em sentir que eu faço a diferença na vida de alguém, mas acima de tudo minha felicidade está em SER RESPEITADA. E um relacionamento sadio é um relacionamento em que ambos estão juntos por opção. Não porque se completam porque ninguém nasce pela metade. Estão juntos porque têm afinidades, porque gostam da cia um do outro, porque adoram ficar até tarde conversando sobre nada, porque ficam bêbados juntos, porque um gosta de cuidar do outro. Estão juntos com um objetivo em comum: construir algo JUNTOS!

Sou uma mulher independente. Trabalho de sol a sol, pago minhas contas em dia, tomo minha cerveja quando eu quero, e não DEPENDO de homem nenhum pra ser feliz. A caminhada melhora ao lado de alguém que te entende, que é seu parceiro? Com certeza. Mas a caminhada não para se eu estiver sozinha. A caminhada para se eu me sentir triste, desanimada, desvalorizada por esse cara que eu jurava ser meu companheiro mas que tem um "instinto" - animal eu diria - de ficar com outras na rua. E por isso a velha e já tao batida frase: ANTES SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADA!   

Ai você fala: ela é muito feminista. Aposto que não quer se casar. Muito pelo contrário. Sonho todos os dias em casar, ter filhos, uma família... TODOS OS DIAS! Mas talvez por já ter aceitado muito esse tipo de comportamento que a cara colega citou eu já não aceito qualquer coisa. Já não me permito viver com uma pessoa que não me dê o mínimo que se pode ter por quem se diz que ama: RESPEITO. E meu casamento vai acontecer... um dia mas com aquele que valer a pena. Aquele que vai, junto comigo, construir uma vida á DOIS.  Viu ae? A DOIS: Eu e ele. O máximo que pode entrar são nossos filhos..  Mas isso é algo que iremos, futuramente, decidir quantos serão.

Enquanto isso sigo vivendo. Sem sofrimento. Sem perder noites chorando imaginando onde  ou com quem ELE está. Sigo sozinha. Me divertindo. Me embriagando. Viajando. Trabalhando, mas acima de tudo ME RESPEITANDO. E Procurando alguém com a mesma ideia. A mesma maturidade e quer saber? Eu simplesmente não aceito menos que isso! 

***Deise Laura***

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A DELICIOSA ARTE DE LIGAR O FODÔMETRO

Dominar a técnica de ligar o fodômetro é uma das poucas lições que deveríamos realmente aprender na vida! Mas não se iluda caro leitor. Ela exige muita prática e muita disciplina. Não é do dia para a noite que se incorpora a deliciosa conduta de mandar a PQP o que deu errado. Provavelmente, muitas tentativas e erros serão necessários antes de uma habilitação quase que perfeita. Mas não desanime. Se investimos tanto tempo, dinheiro e energia em coisas completamente supérfluas, por que não se dedicar a algo realmente libertador?

Não me amou? Que pena. Nem todo mundo tem bom gosto.
Não gosta de mim? Que coincidência! Também não gosto de você!
Não respeita as minhas opiniões? Vai se fazer o quê? Unanimidade é uma utopia.
Não me contrataria para a sua empresa? Existem muitas outras bem mais bacanas!
Acha que devo fazer sexo contigo para conseguir a vaga que quero? Não me ofendo. Você é só mais um babaca que quer apenas sexo comigo.
Falou mal de mim pelas costas? Acontece. Falamos mesmo. Faz parte da raça humana falar e falar para depois pensar.

Não tem tempo para tomar um café comigo? Ok. Talvez você não goste de café ou prefere outro tipo de companhia. Mais uma vez penso no lance da unanimidade.
Aquela oportunidade que eu tanto esperei não saiu? Não foi a primeira nem será a última. Enquanto isso, tomo meu vinho vendo um filme de arte ou conversando com uma amiga louca.
O restaurante que adoro está caro demais para o meu orçamento? De duas uma: como salsicha o mês todo para poder pagar um jantar espetacular ou aceito a frustração de não poder freqüentar um lugar caro.
Não deu para ver a peça teatral que eu queria pois os convites estão esgotados? Compro ingresso para outra e se um dia esta peça voltar a entrar em cartaz, dou pulos de alegria.
Minha melhor amiga não me compreende? Arrumo outra.
A roupa da moda me deixa um horror? Compro uma que não está ou uso uma velhinha mesmo. Vejo pelo lado bom: economizo e talvez até consiga pagar aquele restaurante bacana.

Não tenho com quem sair no final de semana? Saio comigo mesmo ou fico em casa fazendo qualquer coisa que me agrada. A vida acontece na rua ou em casa. A vida acontece onde a gente estiver se pusermos um pouco de imaginação.
Estou namorando? Que delícia! A noite promete!
Estou sem namorar? Beleza! Posso ficar mais uma semana sem me depilar.
Um amigo está se tornando inconveniente demais? Não é preciso ser mal educado. Basta evitá-lo.
Ficam dizendo o tempo todo como devemos viver? Beleza! Podemos escutar mas não devemos processar a informação. Depois vale a pena dar um bom gelo no chato de plantão.
Me invejam? Que joia! Ser invejado é para poucos!
Estou sem namorar? Saio com os amigos! Pode ser bem mais divertido! Estou namorando? Arrumo um jeito de deixar meu namorado completamente excitado num local público. É uma experiência e tanto!

Aquela jaquetinha fashion não tem no meu número? Perfeito! Economizo! A vendedora de repente descobriu um último exemplar abandonado no estoque? Maravilha!
O restaurante que sempre vou está lotado? Talvez seja a oportunidade para conhecer um lugar novo.
Ganhei? Muito bom! Ganhar é sensacional.
Perdi? Paciência. Pelo menos aprendi alguma coisa.


Em resumo: quem aprende a ligar o fodômetro percebe que nada é tão urgente assim e que ganhando ou perdendo a vida continua sempre em frente. Deveríamos nos cobrar menos e nos permitir mais. Deveríamos nos culpar menos e nos divertir mais. Deveríamos lembrar e esperar menos e viver mais. Mais vale o prazer de um provolone à milanesa que existe do que a projeção de um castelo na Itália. Capisce?

***Silvia Marques - publicado no blog OBVIUS***